PARLASUL realiza sexta audiência pública sobre a Guerra da Tríplice Aliança

Agência PARLASUL (15/07/2022). Nesta sexta-feira (15), foi realizada a sexta reunião da Audiência Pública, organizada pela Subcomissão de Verdade e Justiça, sobre a Guerra da Tríplice Aliança, no âmbito da Comissão de Direitos Humanos do Parlamento do MERCOSUL, com foco em “Os eventuais crimes contra a humanidade e genocídio durante a Guerra da Tríplice Aliança”.

No início, o investigador Alberto Alderete expôs que "o genocídio cometido contra o exército e o povo paraguaio é comprovado por um documento oficial que consiste no censo realizado pelo governo paraguaio em 1842 e no censo realizado pelo governo provisório paraguaio entre 1870 e 1871, que determina que entre 60 e 70% da população paraguaia foi exterminada entre 1864 e 1870.”

Continuou manifestando que “uma prova da matança e extermínio generalizado é a confissão do Presidente da República Argentina, Domingo Faustino Sarmiento, que governou a Argentina de 1868 a 1872. O próprio Sarmiento confessou ao seu amigo chileno Santiago Arcos em carta enviada no fim da guerra que dizia que: "a guerra do Paraguai termina pela simples razão de que matamos todos os paraguaios com mais de dez anos de idade".

Em seguida, o professor José Urdapilleta assinalou que "não houve apenas a morte no campo de batalha, o sofrimento da população paraguaia continuou, o pós-guerra foi pior que a guerra, porque morreram de fome".

Por fim, o Parlamentar Canese informou que a agenda continuará na próxima sexta-feira, 22 de julho, com a exposição dos historiadores Ramón Vargas e Santiago Duarte; e, posteriormente, pelo Historiador José Ocampos e o Pesquisador Jorge Jarolín (29 de julho).

O Parlamentar Canese também informou que as audiências serão realizadas na cidade de Caacupe, Paraguai (5 de agosto); na cidade de Buenos Aires, Argentina - Ex ESMA e no Deportivo Paraguai (16 e 17 de agosto); em Foz do Iguaçu-UNILA, Brasil (15 e 16 de setembro).

Transmissão ao vivo

A transmissão será simultânea na TV Senado-Paraguai e nas redes sociais Facebook e Youtube do Parlamento do MERCOSUL.

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