1) Quais suas expectativas para a segunda Presidência do Parlamento do MERCOSUL?
Trabalhar para a consolidação institucional do PARLAMENTO do MERCOSUL, e ao mesmo tempo melhorar substantivamente a visibilidade do Parlamento, unida aos diferentes eventos que fazem ao bicentenário da América Latina.
2) Como encontra hoje o Parlamento do MERCOSUL, a respeito da sua anterior Presidência?
Entendo que o processo de consolidação é um processo que tem continuado seu avance passo a passo, tanto no interno, como naquilo que concerne à projeção internacional da instituição, assim como também temos avançado no que concerne à representatividade, na medida em que temos chegado a um consenso no que se refere a dotar ao Parlamento, de uma proporcionalidade atenuada. Desde o ponto de vista do melhoramento do regulamento de funcionamento interno de nossa instituição, também temos começado a revisá-lo, aos efeitos de que logo disto possa ser apresentado ao Conselho do MERCOSUL. Isso permitirá a correção de alguns aspectos que redundarão em um melhor funcionamento institucional e interinstitucional.
3) Em que pontos deve se fortalecer institucionalmente o PARLASUL?
Representatividade, visibilidade, funcionamento das comissões e institutos criados, como por exemplo o Observatório da Democracia, a participação na EUROLAT, em melhorar os debates, para que estes reflitam,cada vez mais ajustadamente as necessidades e as aspirações dos cidadãos mercosulinos aos que este parlamento tenta representar.
4) Acredita que o Acordo Político alcançado pelos Parlamentares será ratificado pela CMC e o GMC?
A proporcionalidade será seguramente o primeiro aspecto sobre o que se avançará nestes próximos meses. Aquilo concernente ao resto do acordo político, já possui um lugar que é o Grupo de Alto Nível GANRI, que será convocado para o mês de março deste ano, e o consenso geral para que cada país o comece a processar, em harmonia com as diferentes chancelarias.
Na agenda do GANRI está cada uno dos pontos do acordo político para que sejam tratados.
5) Que opina sobre a criação de uma Suprema Corte de Justiça do MERCOSUL?
Em minha opinião é um tema importante que faz à possibilidade de geração de jurisprudência mercosuriana, às vezes que a configuração de uma jurisdição MERCOSUL, para a resolução de controvérsias dentro do Bloco.
Embora isso requerirá um intenso trabalho das diferentes instâncias do MERCOSUL, para poder desenvolver a arquitetura necessária que fará realidade a criação desta nova instituição dentro do espaço do MERCOSUL.
Entendo isto como um processo, que vai requerer consensos não só a nível parlamentar, senão a nível dos executivos, e pelo tanto vejo o mesmo como um objetivo a alcançar, passo a passo.
Segundo a opinião de vários analistas, que são otimistas sobre futuros acordos, dado que coincide a Presidência Pro Tempore da Argentina no MERCOSUL e de Espanha na União Européia. Pensa o senhor que isto beneficiará possíveis acordos entre blocos?
É correto que o fato de que coincidam as presidências Pro Tempore, abre um panorama interessante para processar acordos e busca de consensos, embora gostasse ser prudente enquanto a que se possa, em seis meses alcançar acordos inter-blocos. São ainda muitas e complexas as diferenças e questões sobre as que devemos avançar, como para ver a luz no fim do túnel. Sobretudo faremos todos os esforços necessários para encontrar caminhos que permitam superar as diferenças existentes ao dia de hoje.
7) Vê como longínquo ou próximo o ingresso da Venezuela como Estado Parte do MERCOSUL? Que aportará a inclusão de Venezuela ao Bloco Regional?
O vejo mais próximo que na minha anterior presidência. Brasil já tem ratificado plenamente o ingresso, só resta ao Paraguai fazê-lo, que sem dúvida o fará muito em breve.
Sua incorporação bem agregará não só quantidade de cidadãos representados por este Parlamento, senão que permitirá, no marco da proporcionalidade atenuada que tem sido votado, assegurar um funcionamento mais democrático de nossa instituição.
Ao mesmo tempo, a integração da Venezuela lhe aportará não somente riqueza política ao Parlamento, senão profundidade ao processo de integração, na medida em que soma uma cidadania que está particularmente envolvida em avançar sobre os aspectos que fazem ao processo de desenvolvimento próprio e sub-regional, aos aspectos que fazem à redistribuição mais equitativa da riqueza para nossas sociedades, para a recuperação de todos aqueles valores que fazem à procura de uma identidade sul-americana mais firme e clara.
8) Acredita que Argentina poderá realizar a eleição de Parlamentares do MERCOSUL em 2011?
Entendo que sim.