Na segunda Sessão Especial do Parlamento do MERCOSUL, foi recebido o Ministro brasileiro Nelson Jobim. O hierarca assegurou que para a construção de um Conselho Sul-Americano de Defesa o importante é construir uma visão sul-americana, e recordou que “a estratégia de desenvolvimento é a que motiva à estratégia de defesa”.
O ministro assegurou que América do Sul precisa e deve desenvolver uma base tecnológica. Acompanhado o desenvolvimento dos países para chegar a uma modernização das Forças Armadas e dos Ministérios. Reafirmando assim a “inseparabilidade dos conceitos de defesa e desenvolvimento”.
Jobim mencionou durante sua alocução quatro conceitos que formam parte fundamental para a criação do Conselho Sul-Americano de Defesa, estes são, soberania, integração, não-intervenção e os processos democráticos.
Durante o discurso, Nelson Jobim pôs ênfase principalmente nas visões de futuro, sobre o posicionamento dos povos Sul-Americanos a respeito da defesa.
Em reiteradas oportunidades o ministro foi interrogado pelos parlamentares sobre os “inimigos” ou os “fatores de risco ou ameaça”. Em todo momento Jobim recordou que “não vamos nos organizar em base a inimigos” devemos superar a visão de que avançamos só se temos quem odiar, sentenciou.
Com relação ao passado da forças armadas da região e a relação de outros países com as mesmas, o ministro foi cortante: “não podemos ter um ajustes de contas com o passado, seria perder o tempo, devemos ter um ajuste de contas com o futuro, a capacidade e lucidez de construir o futuro sul-americano.“
O ministro Jobim assegurou que não temos inimigos no presente e devemos trabalhar juntos para não tê-los, afirmou.
Finalizando sua intervenção, logo de responder varias rodadas de perguntas realizadas pelos Parlamentares, Jobim recordou a exitosa experiência de Haiti. Para o Ministro, Haiti não é uma mera colaboração, um exercício, senão um compromisso com o Caribe.
(Foto: Geraldo Magela - Agência Senado)