Combate a Doença Celíaca

No último dia 3 de novembro de 2008 o Parlamento do MERCOSUL realizou sua XIV Sessão Plenária e aprovou a recomendação apresentada pela parlamentar argentina Beatriz Rojkes a favor do diagnostico precoce e tratamento da Doença Celíaca. 

A Doença Celíaca é a intolerância permanente ao glúten, principal proteína presente no trigo, na aveia, no centeio, na cevada, e no malte. Esses cereais são utilizados na composição de alimentos, medicamentos e bebidas industrializadas que fazem parte da alimentação da maioria das pessoas como: pães, bolos, bolachas, macarrão, quibes, pizzas, cervejas, whisky e vodka.

Por isso, o texto da proposta prevê uma harmonização das legislações dos Estados Partes do MERCOSUL para que todas exijam a presença de uma etiqueta visível em todos os produtos avisando que os mesmos contem glúten. A proposta de declaração também prevê que os países do bloco trabalhem de forma conjunta para diagnosticar e tratar a Doença Celíaca.

A Doença

A Doença Celíaca geralmente se manifesta na infância entre os três primeiros anos de vida, mas pode surgir em qualquer idade, inclusive na adulta. Na forma clássica, quando introduzidos na dieta da criança alimentos como papinha de pão, sopinhas de macarrão e bolachas, ela passa a apresentar sintomas como diarréia crônica, desnutrição com déficit do crescimento, anemia, emagrecimento, falta de apetite, barriga inchada, vômitos e dor abdominal. Na forma não-clássica as alterações gastrintestinais não chamam tanto a atenção, mas a pessoa apresenta anemia, irritabilidade, fadiga, baixo ganho de peso e estatura, prisão de ventre e constipação intestinal crônica, por exemplo.

O tratamento da doença consiste em uma dieta totalmente sem glúten sendo composta em sua maior parte de gorduras (margarina, manteigas, óleos, etc.) e proteínas (carne em geral) e em menor parte de carboidratos (massas sem glúten, açúcares, etc.).