Duras críticas de Alderete às ?licenças prévias? argentinas

As medidas denominadas “protecionistas” tomadas pela República Argentina, foram o tema de da exposição do parlamentar paraguaio Nelson Alderete na XVI Sessão Plenária do Parlamento do MERCOSUL.

Aclarando que foram expostas a título pessoal, o parlamentar paraguaio criticou as medidas adotadas pela República Argentina.
Alderete mencionou, uma reunião convocada pelo Vice-Presidente da República do Paraguai, Dr. Federico Franco. Nessa ocasião convocou-se a setores das empresas privadas do Paraguai, e a outra reunião com os mesmos empresários privados convocou ao senhor Embaixador da República Argentina no Paraguai aos efeitos de dialogar, conversar sobre as medidas protecionistas que lamentavelmente a Argentina tem imposto aos produtores privados do Paraguai, conhecidas como licenças prévias, disse Alderete. 

Para o parlamentar paraguaio, as licenças prévias surgem de uma medida aprovada pela Organização Mundial do Comércio, mas a própria OMC pós um limite de trinta dias para que estes produtos possam ser exportados. Embora, segundo os próprios atores, e reconhecido pelo próprio Embaixador argentino, estas licenças prévias solicitadas pela Argentina aos produtores paraguaios estão tomando mais de sessenta, noventa dias, e algumas nem sequer são consideradas. 

Nelson Alderete alertou que, somente o setor de confecções do Paraguai ocupa algo assim como 50 mil empregados, e de outubro a esta parte o emprego neste sector tem decaído um 70% pelas medidas de restrição impostas pela Argentina. Seguidamente, instou aos parlamentares argentinos a que se aproximem ao Executivo de seu país aos efeitos de sensibilizar ao Governo argentino e que os produtos paraguaios possam chegar à Argentina como corresponde.
Assegurou que não somente ocorre isso com o setor confeccionista, mas também com o sector dos inseticidas. 

Culminou sua intervenção exemplificando com uma empresa denominada Robles S.A., que se dedica ao rubro da confecção, em outubro tinha 450 empregados e hoje conta com apenas 70.
Esta é uma forma de demonstrar o calamitoso estado do tema, o prejudicial de tudo isto, sentenciou Alderete, quem agregou “… não é pela crise global precisamente, senão pelas travas impostas pela Argentina denominadas licenças prévias. Reitero a solicitude aos irmãos argentinos para que se aproximem a seu Executivo e assim poder solucionar este inconveniente, de tal forma que possamos ir consolidando um MERCOSUL mais harmônico”.