O Parlamento do MERCOSUR aprovou a presença dos diretores paraguaio e brasilero da Usina de Itaipu na Audiência Pública que debaterá e avaliará os acordos vigentes entre os dois países.
O presidente da Comissão de Infra-Estrutura e Recursos energéticos, transporte, Agropecuária e Pesca, Deputado Juan Dominguez (Frente Amplio) acredita que a presença dos dois enriquecerá os debates realizados na audiência.
Comissão de Infra-estrutura já visitou a Usina de Itaipu
No dia 4 de dezembro de 2007, a Comissão de Infra-estrutura, Transporte, Recursos Energéticos, Agricultura, Pecuária e Pesca do Parlamento do MERCOSUL visitou a hidroelétrica, a pedido do parlamentar brasileiro Inácio Arruda, como marco das atividades relacionadas com a integração energética.
Itaipu e as eleições no Paraguai
A Usina de Itaipu tem sido um dos principais temas do debate eleitoral no Paraguai, manifestado principalmente pelo candidato ex-bispo católico Fernando Lugo. Candidato favorito à presidência do país, cuja eleição acontece no dia 20 de abril, Lugo centra a campanha política na “soberania energética” e reivindica um aumento de preço na energia que o Paraguai vende ao Brasil.
A empresa binacional foi criada em 1974 regida pelo Tratado de Itaipu, assinado um ano antes. O acordo prevê que a energia gerada pela usina deve ser dividida igualmente entre os dois sócios. Caso uma das partes não utilize toda a cota, o excedente deve ser vendido, pelo preço de custo, ao outro país.
O Paraguai consome 13% da cota de energia e vende o restante ao Brasil recebendo US$ 375 milhões por ano, valor correspondente a 4% do PIB paraguaio, e afirma que ganharia US$ 1,8 bilhões se vendesse a energia pelo valor de mercado. Os 87% da energia gerada pela usina utilizados pelo Brasil representam 20% do consumo energético total do país.
O Tratado de Itaipu previa a venda da energia elétrica a preço de custo como forma do Paraguai pagar parte da obra da usina, financiada pelo Brasil. Em 2023 está prevista a renegociação do contrato, quando a dívida seria cancelada.
Em 2007, com a instalação e ativação das unidades U9A e U18A a represa hidroelétrica foi oficialmente concluída e passou a operar com a capacidade máxima prevista no projeto original de aproveitamento do potencial elétrico do Rio Paraná. Hoje Itaipu é a maior usina do mundo em produção.
Deniza Gurgel
Fonte: Secretaria de Relações Institucionais e Comunicação Social.